Novo ministro do Esporte evita conversar com jornalistas
José Cruz
Também
pastor da Igreja Universal, ministro George Hilton confessou: “Não
entendo de esporte, mas entendo de gente”, justificando sua disposição
para, dialogando, se sair bem na função


Num
auditório lotado, mas esvaziado de atletas, com poucos dirigentes e a
ausência de representante do COB (Comitê Olímpico do Brasil), o deputado
federal George Hilton (PRB-MG) assumiu o Ministério do Esporte com um
discurso de otimismo. E, humildemente, o também pastor da Igreja
Universal, confessou: “Não entendo de esporte, mas entendo de gente”,
justificando sua disposição para, dialogando, se sair bem na função. Até
o encerramento deste artigo não se sabia o motivo oficial sobre a
ausência do COB. Coaracy Nunes, presidente da CBDA (Confederação de
Desporto Aquáticos) e decano dos dirigentes, esteve na cerimônia, assim
como os presidentes do Judô, Basquete, Canoagem entre outros. O
ex-presidente do Corinthians, Andréz Sanches, agora deputado federal
(PT/SP), também compareceu à solenidade.
Talvez
por ainda conhecer pouco sobre o complexo assunto o ministro tenha
desaparecido logo depois de encerrada a cerimônia de transmissão de
cargo, promovida pelo ex-ministro Aldo Rebelo. Hilton recebeu meia dúzia
de cumprimentos e escapou do assédio dos repórteres.
Antecipadamente,
sabia-se que o ministro não daria entrevistas coletiva nem individual.
Isso ocorrerá só daqui a uma semana, depois que George Hilton (foto) se
reunir com assessores e conhecer melhor os números do setor, segundo a
assessoria dele.
Mesmice
A exemplo de
Agnelo Queiroz, em 2003, Orlando Silva, em 2006 e Aldo Rebelo, em 2011, o
novo ministro disse que intensificará parceria com o Ministério da
Educação. “O esporte escolar é o caminho para o desenvolvimento
sustentável do esporte brasileiro”.
Na prática não há parceria com
a Educação, mas iniciativas individuais, porque não temos um programa
de governo, cada pasta faz o que acha que é o correto. O novo lema do
governo Dilma Rousseff é “Brasil, pátria educadora”, mas também no
discurso de posse, na quinta-feira, a presidente não fez referência a
projeto integrado de “educação e esporte”.
Sobre os Jogos
Olímpicos Rio 2016, George Hilton assumiu compromisso: “Eu me comprometo
com o legado dos Jogos e quero que seja amplo, democrático, nacional e
duradouro''.
Na plateia, o general Fernando Azevedo e Silva,
presidente da APO (Autoridade Pública Olímpica), que já trabalha nesta
questão, por ser competência do órgão que dirige, conforme a legislação.
No
mês passado, Azevedo e Silva viajou a Londres para conhecer o projeto
de legado dos Jogos de 2012 e melhor encaminhar o assunto no Brasil. O
cerimonial do Ministério do Esporte falhou em não chamar o presidente da
APO para a mesa, pois ele é a autoridade maior do governo federal para
assuntos dos Jogos 2016, o representante do Palácio do Planalto nas
relações com os governos municipal e estadual do Rio de Janeiro.
Dos
atletas da ativa, apenas Emanuel, medalha de ouro no vôlei de praia,
com Ricardo, nos Jogos de Atenas. Ele é marido da ex-jogadora Leila
(PRB/DF), que ontem assumiu a Secretaria de Esportes do Distrito Federal
e hoje foi levar o seu apoio ao novo ministro e correligionário
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