Esporte
Blog do José Cruz
A 533 dias da Olimpíada, APO continua sem presidente oficial
José Cruz
Duas semanas depois de ter pedido demissão da presidência da
APO (Autoridade Pública Olímpica), o cargo continua sendo exercido
interinamente pelo diretor-executivo, Marcelo Pedroso. A nomeação
do próximo presidente – o terceiro na função – é da competência da
presidente Dilma Rousseff, que encaminhará o escolhido ao Senado
Federal, para ser sabatinado e, em votação, aprovado ou não.
O
presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), general Fernando
Azevedo e Silva, pediu demissão no início de fevereiro, depois que o
Palácio do Planalto começou a divulgar notas indicando sua substituição,
para acomodar aliados políticos do governo. Quando assumiu a APO, o
general Fernando deu estrutura técnica à autarquia, eliminando os cargos
políticos.
A APO é um consórcio formado pelos governos federal,
estadual e prefeitura do Rio, para cuidar da preparação da área
esportiva da cidade aos Jogos Olímpicos de 2016. Antes de se afastar, o
general deixou a matriz de responsabilidade atualizada, principalmente
nos quesitos de custos e cronogramas. O primeiro presidente da APO foi o
ex-ministro das Cidades, Márcio Fortes.
NOTA DO EDITOR
Nosso
colega JCRUZ sempre atualizado trazendo um assunto de suma importância
para o andamento do processo olímpico, pois como disse ele, a APO é o
elo entre os 3 poderes: Federal, estadual e municipal, que juntos dão
conta, prestam contas, com a RIO 2016 junto aos organismos oficiais:
COI, CONFEDERAÇÕES etc..
Estaremos, no mês de março, no RIO DE JANEIRO, por ocasião dos 500 DIAS ANTES DA RIO 2016
(clery - editor)

O ano começa com liberações moderadas de verbas para os Jogos Rio 2016
José Cruz
De olho na preparação da
sede olímpica e no treinamento da equipe nacional, o governo repassa
recursos financeiros logo no início do ano, apesar do arrocho financeiro
determinado pelo Palácio do Planalto
Em apenas um mês –
entre 12 de janeiro e 14 de fevereiro –, o Ministério do Esporte
investiu R$ 27,8 milhões em obras, preparação de atletas, contratação de
técnicos e aquisição de equipamentos para várias instituições
nacionais. O valor é apenas 10% do total previsto em quatro contratos
com o Ministério do Esporte: R$ 246 milhões.
Das confederações
esportivas, a de Desportos Aquáticos (CBDA) levou R$ 3,4 milhões. O
dinheiro, para “treinamento dos atletas e participação em competições
internacionais das seleções de polo aquático e eventos nacionais”, etc e
integra o Plano Brasil Medalha 2016.
A verba destinada às confederações, neste início de temporada, , é a seguinte:
DESTINAÇÃO 2015 | R$ Milhões |
Desportos Aquáticos | 3.499.504,00 |
Tiro Esportivo | 1.259.280,00 |
Lutas Associadas | 1.812.365,00 |
Hóquei sobre Grama | 4.901.295,00 |
TOTAL | 11.472.444,00 |
Paralelamente,
o Grêmio Náutico União, de Porto Alegre, recebeu R$ 1,6 milhão, última
parcela de um convênio de R$ 4 milhões, para a aquisição de equipamentos
de natação, ginástica olímpica, esgrima, aparelhos de musculação, judô
etc, destinados prioritariamente à sua equipe olímpica.
Obras 
Para
as obras do Velódromo, o Ministério do Esporte liberou neste início de
ano mais R$ 9,8 milhões, totalizando R$ 33 milhões até agora repassados
àquela área esportiva. Restam R$ 60 milhões de verba federal a ser paga
para essa obra. O total do Velódromo está orçado em R$ 112,9 milhões.
Sem esquecer que o velódromo construído para o Pan 2007 foi totalmente
destruído…
Já o Estádio Aquático (em projeção,na foto) foi
contemplado com mais R$ 5,7 milhões, para um total de R$ 55 milhões até
agora liberados. A obra está orçada em R$ 217 milhões, na cota do
governo federal.
Senhores dos anéis
Fontes
políticas do Rio de Janeiro alegam que o dinheiro ainda é pouco, “está
saindo em conta-gotas'', provocando atrasos. Ocorre que as liberações
estão concentradas nas mãos do chefe da Casa Civil da Presidência da
República, Aloizio Mercadante, que abre o cofre conforme a pressão dos
“senhores dos anéis''.
Enquanto isso
Apenas
como comparação, lembrando o arrocho orçamentário do governo federal,
500 escolas do Pronatec – que oferece cursos técnicos gratuitos – estão
sem receber as verbas oficiais, desde outubro, conforme divulgou a Folha
de S.Paulo. Mas a preparação olímpica é como a Copa do Mundo, não pode
falhar, pois há um compromisso do governo federal com o Comitê Olímpico
Internacional. Logo, haja dinheiro.
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