A partir de agora. QUILISPORT coloca no site SAUDE PELA PRÁTICA e declara que estará publicando o que é possível e abre espaços , para ambos futuros candidatos e veicula essa matéria do Globo, do MARTIN FERNANDEZ. Assim como intensifica a PRÉ - COBERTURA DOS JOGOS OLIMPICOS DE TOKYO, que começou tão logo do encerramento da RIO 2016 e inclusive o EDITOR esteve no Japão/ TOKYO, 3 anos antes - agosto de 2017 e 1 ano antes - agosto de 2019 e viaja dia 18 de julho para a OLIMPIADA. ( CLERY - EDITOR)
Clery , Profissional de Educação Física e Jornalista, realiza cobertura de JOGOS OLIMPICOS, desde 1992 - Barcelona, Diretor de QUILISPORT e Editor do SITE.
Pela primeira vez em 41 anos, Comitê Olímpico do Brasil terá eleição com mais de um candidato
Presidente da entidade para mandato até 2024 será eleito no final deste ano
Por Martín Fernandez — São Paulo
Tudo indica que, pela primeira vez em mais de 40 anos, o Comitê
Olímpico do Brasil (COB) vai ter uma eleição para presidente com mais de
um candidato. Ainda sem data marcada – mas certamente nos últimos meses
de 2020 –, a disputa tem pelo menos três pré-candidatos: Paulo
Wanderley Teixeira, atual presidente do COB, Alberto Murray Neto,
ex-presidente do Conselho de Ética, e Sami Arap, ex-presidente da
Confederação Brasileira de Rugby.
A última eleição com mais de um candidato ocorreu em 1979, quando o avô
de Alberto Murray Neto, Sylvio de Magalhães Padilha, derrotou o então
presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Carlos Arthur Nuzman.
Desde então, o COB foi comandado pelo próprio Padilha até 1990, depois
por André Richer até 1995 e finalmente por Nuzman entre 1995 e 2017,
quando renunciou, acossado por denúncias de corrupção. Seu vice, Paulo
Wanderley, assumiu o que restava do mandato. Sua gestão também teve denúncias de corrupção.
COB sede Rio de Janeiro — Foto: Reuters
O colégio eleitoral do COB é formado pelas 35 confederações de esportes
olímpicos, os 12 integrantes da Comissão de Atletas e mais os dois
representantes do Brasil no Comitê Olímpico Internacional, que são o
ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman e o atual presidente do Comitê
Paralímpico Internacional, Andrew Parsons.
Em entrevista por e-mail ao GloboEsporte.com, Paulo Wanderley não
garantiu, mas deu pistas de que será candidato no fim do ano.
– Essa decisão será tomada e anunciada apenas após os Jogos Olímpicos
Tóquio 2020. Acredito que este não seja o momento mais adequado para
abordarmos o tema.
Paulo Wanderley Teixeira, presidente do COB — Foto: Ricardo Bufolin/Panamerica Press
Ex-presidente da Confederação Brasileira de Judô (durante 16 anos),
Paulo Wanderley promoveu uma reforma de estatuto que aumentou a
participação dos atletas no colégio eleitoral (de um para 12) e
facilitou o processo de candidaturas – antes era preciso ser membro da
Assembleia do COB por pelo menos cinco anos, receber dez apoios formais e
inscrever a chapa com oito meses de antecedência.
Essas exigências caíram. Hoje basta ter mais de 18 anos, não ter sido
expulso de COI, COB ou federações esportivas – e nem estar empregado por
elas. É preciso ainda ter o apoio formal de três dos 49 integrantes do
colégio eleitoral. Na CBF, por exemplo, é preciso o apoio de cinco (dos
40) clubes e mais oito (das 27) federações estaduais de futebol.
– É claro que espero mais candidatos. Buscávamos justamente maior
participação da comunidade esportiva. Uma disputa democrática é fruto
desse trabalho. A presença de mais candidatos só contribui para o
desenvolvimento do esporte – diz Paulo Wanderley.
Mas o dirigente também aprovou uma mudança no estatuto que teve a si
próprio como beneficiário. Quem quiser se candidatar à presidência
precisa se afastar dos cargos que ocupa no COB 120 dias antes da
eleição. Isso só não vale para o presidente.
Alberto Murray Neto — Foto: Vicente Seda
Também foi por causa dessa regra que Alberto Murray Neto deixou o
Conselho de Ética da entidade, do qual era presidente. Agora
desvinculado do COB, pode se candidatar a presidente. Advogado, neto do
ex-presidente Sylvio de Magalhães Padilha, Murray foi provavelmente o
maior crítico das administrações de Carlos Arthur Nuzman. E também é da
gestão de Paulo Wanderley, a quem se refere como "vice de Nuzman".
Ex-árbitro do Tribunal Arbitral do Esporte (última instância da justiça
desportiva), Murray fez circular na semana passada um documento com uma
espécie de "plano de governo" para o esporte olímpico brasileiro, que
tem uma linha principal: descentralizar as ações (e os recursos) do COB e
dar mais autonomia para atletas e co
O terceiro pré-candidato é Sami Arap, ex-presidente da Confederação
Brasileira de Rúgbi e sucessor de Murray na presidência do Conselho de
Ética do COB. Numa mensagem enviada ao GloboEsporte.com, ele declarou
que só vai confirmar sua candidatura "após tomar conhecimento das
demonstrações financeiras" relativas ao ano 2019.
Sami Arap — Foto: Divulgação
– É fundamental entender os ativos e passivos da entidade, avaliar
riscos patrimoniais etc – declarou Arap, que, assim como Murray, é
advogado.
No início do mês, o jornalista Juca Kfouri revelou, em seu blog no
portal Uol, que o COB convidou Arap para viajar aos Jogos Olímpicos de
Tóquio com todas as despesas pagas. Paulo Wanderley confirmou o convite.
– Convidamos o órgão [o Conselho de Ética] para que estivesse presente
nos Jogos Olímpicos. Decidimos em conjunto que estes serão representados
pelo presidente e o vice-presidente do órgão, assim como o faremos com a
Comissão de Atletas.
Sami Arap declarou que a viagem "observa política interna do COB há
décadas" e que, caso sua agenda profissional permita, "será uma honra
representar o Conselho de Ética do COB em Tóquio, além de trocar
experiências com colegas de outros países que integram órgãos
similares".
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